Língua Portuguesa

Para informações acesse: 

http://revisandolivros.blogspot.com.br/ ou envie um e-mail para: elaiselima@gmail.com


Utilizar “mesmo” é mesmo correto?


Diante do questionamento expresso no título, há que se ressaltar acerca de uma recorrente prática linguística – o uso de “mesmo” na função pronominal, ou seja, quando esse é usado no intuito de substituir pronome ou substantivo. Você mesma (o) já o utilizou?

Se sim, está na hora de compreender que se trata de uma colocação inadequada. Mas vejamos então alguns exemplos que nos permitirão compreender melhor como realmente o fato se dá:
   

Diante de tais colocações, prestemo-nos ao exercício de atribuir o devido uso aos elementos anafóricos (termos substitutivos) em questão, de modo a tornar o discurso adequado aos parâmetros linguísticos, como assim se evidencia:



Dessa forma, em detrimento à recorrência em questão, optou-se por utilizar os pronomes pessoais do caso reto – elas, ele.

Mas não é mesmo que o “mesmo” pode ser perfeitamente utilizado em outras circunstâncias? Sim, claro! é o que veremos a partir de agora, observe:

* Na qualidade de advérbio, uma vez denotando “justamente, até, ainda, de fato”.

É aqui mesmo, nesse lugar paradisíaco que desejo passar minhas férias. (é justamente aqui)

* Como substantivo, cuja acepção semântica (sentido) se refere à “mesma coisa”.

O mesmo que eu disse a ela, também disse a você. (a mesma coisa)

* Em algumas expressões referentes a “dar na mesma, dar no mesmo, na mesma”, as quais se equivalem a “no mesmo estado, na mesma situação”.

Aconselhá-lo ou não, dá no mesmo. (a situação é a mesma)

* Na qualidade de uma conjunção concessiva, fazendo referência à “ainda que”.

Mesmo exausta, não deixa de praticar atividades físicas. (ainda que exausta)

* Funcionando como pronome/adjetivo referindo-se à ideia relativa a “idêntico”, “próprio”, “exato”.

Elas mesmas resolveram tudo sozinhas. (elas próprias)


Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola


TERÇA-FEIRA, 17 DE JULHO DE 2012

Em torno ou entorno?



Em torno de ou entorno?

1) Em torno de significa “em volta de ou aproximadamente”:

“Houve muitas brigas em torno do estádio”; “Havia em torno de dez mil torcedores no estádio”.
2) Entorno é substantivo, significa “o que rodeia, arredor, cercania, vizinhança”: 

“As brigas foram no entorno do estádio”; “Os imigrantes viviam no entorno da cidade”.




SEXTA-FEIRA, 6 DE JULHO DE 2012

O verbo existir e o verbo haver



O verbo "existir" sempre tem sujeito e, portanto, deve concordar com ele. Se o sujeito é plural, esse verbo também deve aparecer no plural:

existem coisas
existem pessoas
existem situações


Fonte:http://www2.tvcultura.com.br/aloescola/linguaportuguesa/sintaxe/concordanciaverbal3.htm




O verbo haver, quando usado com o sentido de existir, fica no singular. Se fosse usado o verbo existir, este sim iria para o plural:

QUARTA-FEIRA, 4 DE JULHO DE 2012

O Uso dos Porquês

Simples, mas muita gente ainda confunde. Fica a dica:


O uso dos porquês é um assunto muito discutido e traz muitas dúvidas. Com a análise a seguir, pretendemos esclarecer o emprego dos porquês para que não haja mais imprecisão a respeito desse assunto.

Por que
O por que tem dois empregos diferenciados:

Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”:

Exemplos: Por que você não vai ao cinema? (por qual razão)
Não sei por que não quero ir. (por qual motivo)

Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais.

Exemplo: Sei bem por que motivo permaneci neste lugar. (pelo qual)

Por quê
Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, o por quê deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”.

Exemplos: Vocês não comeram tudo? Por quê?Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro.

Porque
É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”, “para que”.

Exemplos: Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois)
Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que)

Porquê
É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral.

Exemplos: O porquê de não estar conversando é porque quero estar concentrada. (motivo)
Diga-me um porquê para não fazer o que devo. (uma razão)



Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/por-que.htm

Locuções com e sem crase


O uso da crase sempre foi um problema para todos nós. Sempre surge aquela dúvida na hora de escrever... Quando a mente trava (normal acontecer às vezes!) a lista abaixo ainda me ajuda bastante. Vale a pena dar uma conferida:



Locuções com e sem crase
a álcool
à altura (de)
à americana
à argentina
à baiana
à baila
à baioneta calada
à bala
a bandeiras despregadas
 
à base de
à beça
à beira (de)
à beira-mar
à beira-rio
a bel-prazer
a boa distância de
à boca pequena
à bomba
a bordo
a bordoadas
a braçadas
à brasileira
à bruta
à busca (de)
a cabeçadas
à cabeceira (de)
à caça (de)
a cacetadas
a calhar
a cântaros
a caráter
à carga
a cargo de
à cata (de)
a cavalo
a cerca de
a certa distância
à chave
a chibatadas
a chicotadas
a começar de
à conta (de)
a contar de
à cunha
a curto prazo
à custa (de)
a dedo
à deriva
a desoras
a diesel
à direita
à disparada
à disposição
a distância
a duras penas
a elas(s), a ele(s)
a eletricidade
à entrada (de)
a escâncaras
à escolha (de)
à escovinha
à escuta
a esmo
à espada
à espera (de)
à espora
à espreita (de)
à esquerda
a esse(s), a essa(s)
a este(s), a esta(s)
a estibordo
à evidência
à exaustão
à exceção de
a expensas de
à faca
a facadas
à falta de
à fantasia
à farta
à feição (de)
a ferro
a ferro e fogo
à flor da pele
à flor de
à fome
à força (de)
à francesa
à frente (de)
à fresca
a frio
a fundo
a galope
a gás
a gasolina
à gaúcha
a gosto
à grande
a grande distância
a granel
à guisa de
à imitação de
à inglesa
a instâncias de
à italiana
à janela
a jato
a joelhadas
a juros
a jusante
a lápis
à larga
a lenha
à livre escolha
a longa distância
a longo prazo
a lufadas
à Luís XV
a lume
à luz
à Machado de Assis
a mais
a mando de
à maneira de
à mão
à mão armada
à mão direita
à mão esquerda
à máquina
à margem (de)
à marinheira
a marteladas
à matroca
à medida que
a medo
a meia altura
a meia distância
à meia-noite
a meio pau
a menos
à mercê (de)
à mesa
à mesma hora
a meu ver
à mexicana
à milanesa
à mineira
à míngua (de)
à minha disposição
à minha espera
à minuta
à moda (de)
à moderna
a montante
à morte
à mostra
a nado
à navalha
à noite
à noitinha
à nossa disposição
à nossa espera
ante as
à ocidental
a óleo
a olho nu
à ordem
à oriental
a ouro
à paisana
a pão e água
a par
à parte
a partir de
a passarinho
a passos largos
a pauladas
à paulista
a pé
a pedidos
a pequena distância
a pilha
a pino
à ponta de espada
à ponta de faca
a pontapés
a ponto de
a porretadas
à porta
a portas fechadas
à portuguesa
a postos
a pouca distância
à praia
a prazo
à pressa
à prestação
a prestações
à primeira vista
a princípio
à procura (de)
à proporção que
a propósito
à prova
à prova d'água
à prova de fogo
a público
a punhaladas
à pururuca
a quatro mãos
à que (=àquela que)
àquela altura
àquela hora
àquelas horas
àquele dia
àqueles dias
àquele tempo
àqueloutro(s)
àqueloutra(s)
à queima-roupa
a querosene
à raiz de
à razão (de)
à ré
à rédea curta
a respeito de
à retaguarda
à revelia (de)
a rigor
a rir
à risca
à roda (de)
a rodo
à saciedade
à saída
às apalpadelas
às armas !
à saúde de
às ave-marias
às avessas
às bandeiras despregadas
 
às barbas de
às boas
às cambalhotas
às carradas
às carreiras
às catorze (horas)
às cegas
às centenas
às cinco (horas)
às claras
às costas
às de vila-diogo
às dez (horas)
às dezenas
às direitas
a distância
à distância de
às doze horas
às duas (horas)
às dúzias
a seco
a seguir
à semelhança de
às encobertas
a sério
a serviço
às escâncaras
às escondidas
às escuras
às esquerdas
a sete chaves
às expensas de
às falas
às favas
às gargalhadas
às lágrimas
às léguas
às mancheias
às margens de
às marteladas
às mil maravilhas
às moscas
às nove (horas)
às nuvens
à sobremesa
à socapa
às ocultas
às oito (horas)
à solta
à sombra (de)
a sono solto
às onze (horas)
às ordens (de)
a socos
à sorrelfa
à sorte
a sós
às portas de
às pressas
às quais
às que (=àquelas que)
às quartas-feiras
às quatro (horas)
às quintas-feiras
às quinze (horas)
às segundas-feiras
às seis (horas)
às sete horas
às sextas-feiras
às sete (horas)
às soltas
às suas ordens
às tantas
às terças-feiras
às tontas
às três (horas)
às turras
à sua disposição
à sua escolha
à sua espera
à sua maneira
à sua moda
à sua saúde
às últimas
à superfície (de)
às vésperas (de)
às vezes
às vinte (horas)
às vistas de
às voltas com
à tarde
à tardinha
a termo
à testa (de)
à tinta
a tiracolo
a tiro
à toa
à-toa
a toda
a toda a brida
a toda força
a toda hora
à tona (de)
a toque de caixa
à traição
a três por dois
à tripa forra
a trote
à última hora
à uma (hora)
à unha
à vaca-fria
a valer
à valentona
a vapor
a vela
a velas pandas
à venda
avião a jato
à Virgem
à vista (de)
à vista desarmada
à vista disso
à volta (de)
à vontade
à-vontade
à vossa disposição
a zero
à zero hora
bater à porta
beber à saúde de
cara a cara
cheirar a perfume
cheirar a rosas
condenado à morte
dar à estampa
dar à luz
dar a mão à palmatória
dar tratos à bola
dar vazão à
de alto a baixo
de cabo a rabo
de fora a fora
de mais a mais
de mal a pior
de parte a parte
de ponta a ponta
descer à sepultura
de sol a sol
de uma ponta à outra
dia a dia
em que pese a
exceção à regra
face a face
falar à razão
faltar à aula
fazer as vezes de
folha a folha
frente a frente
gota a gota
graças às
hora a hora
ir à bancarrota
ir à forra
ir às compras
ir às do cabo
ir às nuvens
ir às urnas
jogar às feras
lado a lado
mandar às favas
mãos à obra
marcha à ré
meio a meio
nem tanto ao mar, nem tanto à terra
 
palmo a palmo
para a frente
passar à frente
passo a passo
perante as
pôr à mostra
pôr à prova
pôr as mãos à cabeça
pôr fim à vida
quanto às
recorrer à polícia
reduzir à expressão mais simples
 
reduzir a zero
sair à rua
saltar à vista
terra a terra
tirar à sorte
todas as vezes
uma à outra
umas às outras
valer a pena
voltar à carga
voltar à cena
voltar às boas
Fonte: Manual de Redação e Estilo, Agência Estado.

QUARTA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2012

Onde ou Aonde

Sempre que estou revisando me deparo com o uso incorreto de "onde" e "aonde". A explicação a seguir é  bem clara:

Onde = lugar em que/ em que (lugar). Indica permanência, o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Complementa verbos que exprimem estado ou permanência e que normalmente pedem a preposição em:


- Onde estás? – Em casa.

- Você sabe onde fica o Sudão? – Na África.

- Onde moram os sem-terra?

- Não entendo onde ele estava com a cabeça quando falou isso.

- De onde você está falando?


- Não sei onde me apresentar nem a quem me dirigir.

Aonde = a que lugar. É a combinação da preposição a + onde. Indica movimento para algum lugar. Dá ideia de aproximação. É usado com os verbos ir, chegar, retornar e outros que pedem a preposição a. Exemplos:


- Aonde você vai todo dia às 9 horas? – A Brusque.

- Sabes aonde eles foram? – Ao cinema.

- A mulher do século 21 sabe muito bem aonde quer chegar.

- Não sei aonde ou a quem me dirijo.

- Aonde nos levará tamanha discussão?

- Faz três dias que saiu do Incor, aonde deverá retornar brevemente para uma revisão.

- Estavam à deriva, sem saber aonde ir.

- Há lugares no universo aonde não se vai sozinho





Fonte:
http://www.vestibulandoweb.com.br/portugues/portugues-onde-aonde.asp

TERÇA-FEIRA, 12 DE JUNHO DE 2012

Este, esse, aquele.

Tá aí algo que sempre gera dúvidas! É muito comum os escritores confundirem o uso de "essa" com "esta".

Vou recomendar a dica do Manual do Estadão:


1 - Este. a) Designa pessoa ou coisa próxima de quem fala: Este livro é meu. / Esta mesa, este jornal, esta página, esta matéria, esta crônica, esta crítica, esta empresa, este homem. b) Refere-se igualmente ao lugar em que alguém está: Este apartamento, este local, este país, esta casa, este hotel, esta piscina. c) Indica um período de tempo presente, que ainda não terminou, um mandato, uma gestão, etc.: este ano (o ano que vivemos), este mês (o mês atual), esta semana (a semana em que se está), este século, esta tarde, esta manhã, esta vida, esta noite, este momento, este governo, esta administração, esta crise. Atenção: Esta é a forma de uso jornalístico mais comum. d) Identifica, numa oração, o termo mais próximo: Eram duas irmãs, Josefa e Maria; esta (Maria, no caso), a loira, e aquela (Josefa), a morena.
2 - Esse. a) Indica pessoa ou coisa um pouco afastada de quem fala ou próxima de um interlocutor: Por favor, traga-me esse livro. / Cuidado com essa cadeira. / Essa menina não toma jeito. / Veja se esse relógio está funcionando. b) Usa-se como segunda referência a pessoa ou coisa: Chegou a São Paulo em 1954; nesse ano foi comemorado o 4.º centenário da cidade. / Anos depois de ter lido o Ulysses, percebeu a influência desse livro na sua vida. c) Designa alguma coisa que já passou: Esse mês, o das enchentes em São Paulo, marcou também a eleição do prefeito. / Esse tempo que não volta mais sempre deixa saudades.
3 - Aquele. a) Refere-se a pessoa ou coisa afastada de quem fala e de quem ouve: Vá buscar aquele livro. / Você está vendo aquela estrela? / Eles devem aparecer naquela esquina. b) Indica um tempo passado: Aquelas férias foram as melhores da sua vida. / Aquela safra de café bateu o recorde do século. c) Identifica, numa oração, o termo mais distante: Visitaram a Argentina e o Chile; neste, viajaram pelos lagos andinos e, naquela, esquiaram em Bariloche.
4 - Isto (esta coisa), isso (essa coisa) e aquilo (aquela coisa) seguem a mesma norma, mas só podem ser usados para coisas. Em relação a pessoas, têm sentido pejorativo.
5 - Cá aqui equivalem a este; aí, a esse; lá e ali, a aquele.
6 - Tal pode substituir esse aquele, especialmente, ou dar caráter indefinido ao substantivo que acompanha: tal homem (esse, aquele), tais assuntos(esses), tais modelos (aqueles), tal dia e tal hora, etc.

Fonte: http://www.estadao.com.br/manualredacao/esclareca/este.shtm



Outra dica interessante está no blog "Na Ponta da Língua". É só conferir:
http://napontadalingua2010.blogspot.com.br/2010/02/quando-usar-este-esse-ou-aquele.html 

Comentários

  1. fico aimaginando, Elaise... que tipo de revisão se faz por 2 reais a lauda?... estranho.

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  2. Olá “Anônimo”! Obrigada por seu comentário. Sou professora de Língua portuguesa há bastante tempo, mas na área editorial estou começando agora. (Não há como cobrar mais, pelo menos por enquanto.) Tenho feito revisões e meus clientes estão satisfeitos, tanto é que estão me enviando mais e mais trabalhos!
    Sei que revisar certos tipos de texto é um trabalho muito árduo, chego até a me arrepender do valor que cobro, mas para falar a verdade, o que estou ganhando em conhecimento e experiência é compensador.
    Obrigada por sua preocupação com a qualidade de minhas revisões.
    Um grande abraço!

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  3. Vamos em frente assim, caminhando em passos pequenos para quando estivermos preparados iremos caminhar, caminhando sempre para poder correr parara a perfeição.

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  4. Não esquenta, ele deve ser revisor e deve estar com medo de perder a clientela. rs. Abraços

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